sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Funk é cultura?

   Como já foi falado anteriormente no blog (http://blogindecisas.blogspot.com.br/2015/08/cultura-em-crise.html), definir cultura é uma tarefa bastante complicada já que não é algo concreto. O Enade esse ano trouxe uma questão polemica: Funk é cultura? E na mesma hora respondi mentalmente: sim, funk é cultura sim, porque não? Não vejo motivos que justifiquem o funk não ser considerado cultura, ja que cultura é “defina” por formas de comportamentos, valores, costumes, crenças e práticas que constituem um modo de vida especifico (definição de cultura dada por Terry Eagleton - filósofo e crítico literário - que eu concordo super).



   O ritmo surgiu como forma de inovar a musica dos negros norte-americanos na década de 60.  Chegou ao Brasil com a música “som de preto e favelado” no rio no final dos anos 80. E foi na década de 90 que o funk se popularizou saindo do Rio de Janeiro e ganhando o  país com canções como o Rap do Silva, Rap do Solitário e cantores como MC Marcinho, Sapão e Bonde do Tigrão que caíram no gosto do povo e contribuíram para afirmar a força do movimento.



   Portanto o funk é uma forma de expressão, que retrata o estilo de vida e experiências da periferia e favelas, ou seja o modo de vida e costumes daquele povo. Mesmo sendo oficialmente considerado cultura e mesmo diante do sucesso, infelizmente esse gênero ainda sofre um “pré conceito”, discriminação e muitas vezes é julgado como lixo cultural, devido a sua banalização. Acho que quem reprime o movimento dessa forma, é por falta de conhecimento a fundo sobre a sua historia ou por aquele famoso equivoco de uma classe que se julga superior a outra. Então vamos parar de “mimimi” e se entregar ao ritmo envolvente do funk porque como dizia o DJ marlboro: “É som de preto de favelado, mas quando toca ninguem fica parado!".

                                                                             Márcia Gonçalves Pacheco.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Zuzu Angel

   Existem longas listas de filmes de moda importantes para quem gosta de assistir filmes e ficar um pouco mais por dentro do mundo da moda. Mas diante dessa variedade de filmes, " Zuzu Angel" me chamou atenção, porque além de retratar a vida de umas das estilistas mais importantes da história da moda no Brasil, retrata também a luta de uma mãe que quer justiça pela morte de seu filho Stuart Edgar Angel Jones, que foi torturado e assassinado pela ditadura militar, no início dos anos 70.


Stuart,ingressou na militância política junto com a sua companheira Sonia no movimento estudantil. Mais tarde, ele passa a fazer parte do MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro). Inicialmente Zuzu não conseguia compreender as razões de seu filho e por isso não concordava com sua luta. Atordoada, pela censura do regime, a estilista não aceitava a opção política de Stuart. Após receber um telefonema anônimo que dizia que seu filho estava morto, Zuzu luta para descobrir o paradeiro e depois denunciar insistentemente a morte de Stuart e sua vida muda completamente. Mais do que apenas retratar o sofrimento de uma mãe, o filme mostra a sensibilidade e a imensa transformação ocorrida na vida e na própria consciência política da estilista, que passa ser defensora dos ideais do filho. Zuzu passou anos denunciando as arbitrariedades da repressão até morrer em um acidente de carro suspeito em 1976.


A moda foi grande aliada de Zuzu durante a sua luta por justiça. Censurada aproveitou um desfile de moda em Nova Iorque para mostrar vestidos estampados com temas alusivos à repressão política no Brasil e, ao final, subiu no palco para protestar com o retrato de seu filho nas mãos.





Zuzu sempre trouxe em suas criações temáticas brasileiras, tornando os seus trabalhos originais, fazendo uso de cores tropicais e materiais brasileiros, o que foi o motivo ao seu sucesso. Foi a primeira a utilizar na moda as pedras brasileiras, fragmentos de bambu, madeira e conchas. Ela começou como costureira, depois tornou-se “designer” de moda, criando belíssimas e interessantes peças. Fez saias, xales e vestidos com panos de colchão, fitas de gorgorão, rendas do norte, chita, utilizando estampas de pássaros, flores e borboletas.



Zuzo Angel ainda é considerada referência no mundo fashion, foi a primeira a começar a exportar seus modelos, que são copiados e fonte de inspiração até hoje. Em 2001, o estilista mineiro Ronaldo Fraga prestou uma homenagem à conterrânea Zuzu, com uma coleção inspirada nela e intitulada “Quem matou Zuzu Angel?”, emocionando a platéia do SPFW. A passarela foi coberta de nuvens e bonecos foram pendurados, representando presos políticos e torturados. Segundo Ronaldo Fraga: “Ela foi a primeira a buscar a identidade da moda brasileira, a falar de Brasil sem trajes típicos, a acreditar no poder panfletário da moda, a bordar usando artigos brasileiros e a fazer moda política. Ela foi única”

Márcia Gonçalves Pacheco
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ENADE

Ontem foi o tortuoso ENADE, para alguns.

Mas vocês sabem para que serve o ENADE?



É um exame que faz parte do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) e cujo objetivo é avaliar a qualidade dos cursos de formação superior.

Os participantes são estudantes do primeiro e do último ano dos cursos. 

Para os alunos selecionados que estão terminando a faculdade a participação no Enade é obrigatória e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. 

Estudantes não selecionados também podem fazer a prova, como voluntários.

A prova contém questões objetivas e discursivas, totalizando 40 questões de conhecimentos gerais e específicos.

Essa prova não avalia o desempenho do aluno, mas confere a qualidade dos cursos e o rendimento de seus alunos em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.


Concluindo, essa avaliação (Enade) é para determinar se o curso está nos conformes padres de ensino estabelecidos pelo MEC.

Danielle Garandy


Tropicália

Tropicália, Tropicalismo ou Movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas da vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e o concretismo); misturou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha objetivos comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Torquato Neto, Os Mutantes e Tom Zé); manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas (destaque para a figura de Hélio Oiticica), o cinema (o movimento sofreu influências e influenciou o Cinema novo de Gláuber Rocha) e o teatro brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa). Um dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano Veloso, denominada exatamente de "Tropicália".

O movimento surgiu da união de uma série de artistas baianos, no contexto do Festival de Música Popular Brasileira promovidos pela Rede Record, em São Paulo, e Globo, no Rio de Janeiro e que formaram o movimento musical mais influente e original do país após a Bossa Nova.


Um momento crucial para a definição da Tropicália foi o Festival de Música Popular Brasileira (1967), no qual Caetano Veloso interpretou "Alegria, Alegria" e Gilberto Gil, ao lado dos Mutantes, "Domingo no Parque". No ano seguinte, o festival foi integralmente considerado tropicalista (Tom Zé aí apresentou a canção "São Paulo"). Em 1968 foi lançado o disco Tropicália ou Panis et Circencis, um manifesto do grupo e considerado o 2º melhor álbum da música brasileira pela Rolling Stone Brasil.



O movimento tropicalista trouxe várias inovações para o cenário cultural brasileiro do final da década de 60. O movimento, de certa forma, foi um rompimento com a arte obviamente militante, que tratava da situação política do país na época da ditadura e tinha a melodia como um sustentáculo desta mensagem.

As letras das canções eram inovadoras, criando jogos de linguagem, se aproximando da poesia dos concretistas. As mensagens das letras eram codificadas, que exigiam uma certa bagagem cultural para que fossem compreendidas. "Alegria, Alegria" de Caetano Veloso não tem sentido óbvio, mas carrega em sua letra preocupações típicas da juventude da década de 60, um tormento com a violência da ditadura e um desejo de inovar, de romper barreiras.


Eles se caracterizavam pelo excesso, roupas coloridas, cabelos compridos e agregavam várias influências musicais. A intenção era chocar e, por meio de performances caracterizadas pela violência estética, protestar contra a música brasileira bem-comportada. Influenciados pela contracultura, se apoderaram da linguagem da paródia e do deboche. Os tropicalistas transformaram a música popular brasileira, sendo grandes expoentes da arte brasileira de vanguarda.

Musicalmente, o tropicalismo unia uma mistura da cultura brega, do rock psicodélico, da música erudita, da cultura popular, entre outros, dando conta de várias manifestações da cultura nacional. O som da guitarra elétrica convivia com violinos e com o berimbau. Era o resgate do Movimento antropofágico de Oswald de Andrade aliado a um retorno às raízes das tradições nacionais.



Danielle Garandy


Grupo Galpao

A cada aula conhecemos um pouco da nossa cultura brasileira, e essa semana foi sobre o grupo galpão. O grupo galpão é uma companhia de teatro de Rua de Belo Horizonte e teve inicio no ano de 1982. O grupo foi fundado por Teuda barra, Eduardo Moreira, Wanda Fernandes e Antônio Edson.
A primeira peça foi, e a noiva não quer casar apresentada na praça sete no centro de Belo Horizonte. 

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E a partir dessa apresentação foi acontecendo outras e o grupo galpão ficava cada vez mais conhecido e admirado pela população. Uma peça que marcou muito o grupo foi a peça de Romeu e Julieta apresentada na praça do papa, podemos dizer que esse foi um momento histórico do grupo que ficou nas lembranças tanto do teatro de rua como também para as pessoas que assistiram esse grandioso espetáculo.



A peça Romeu e Julieta foi apresentada na praça do papa no ano 1992, acompanhado por um publico de cerca de 5.000 pessoas, entre eles, adultos, crianças e idosos. 
Durante a aula foi passado para os alunos o documentário que falava sobre essa peça, momento no qual me emocionei muito. Esse documentário foi feito 20 anos depois da apresentação, e as pessoas que participam dele eram as que estavam na plateia no dia.Elas recebem uma foto do dia da apresentação e ali junto a essa foto veio a emoção de relembra um momento marcante de suas vidas que foi ver a peça Romeu e Julieta ao ar livre na praça do papa.


 Rosiane Diirr Marcon

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Golpe militar e a cultura brasileira

  O golpe militar teve inicio no dia 31/03/1964, com o afastamento do presidente da republica Joao Goulart, assumindo o poder o militar Marechal Castelo Branco. O motivo pelo golpe militar da época foi à alegação de uma possível ameaça comunista no país.
O estado militar foi dividido em duas dimensões, a dimensão politica e a dimensão econômica. A dimensão politica se dar pela repressão, censura, prisões e exílios, ou seja, quem era do lado do governo, ou então quem não concordava com a ditadura sofria uma grande repressão por parte dos militares. Muitas dessas pessoas tinham que se mudar do Brasil para não serem presos, que se dava o nome de exílios. Outras pessoas que eram contra a ditadura e insistiam em ficar no Brasil, sofriam prisões, onde eram torturados, mortos e seus corpos ocultados. A dimensão econômica foi marcada pela reorganização da economia brasileira na época.
 O golpe militar era muito delicado para a população do Brasil, porem foi o momento da historia brasileira onde mais foi produzido e difundidos os bens culturais. Foi nessa época em que a música, teatro, cinema se destacou.
Tudo que era apresentado, seja a musica, teatro entre outros precisava primeiro apresentar para a censura, para se ela aprovasse ser apresentado ao publico, caso não aprovava era barrado.
Temos um grande exemplo de uma musica em que o Gilberto Gil cantava que foi barrado na época, a musica chamava-se cálice. Antes de se apresentar em um show em que cantaria essa musica os militares, chegaram e censuraram, proibindo assim o Gilberto de canta-la.
Podemos dizer que ate os anos 50 a cultura era restrita ao um pequeno numero de pessoas, e a partir do ano 60,70 esse numero de pessoas aumentou.
Como já disse a época da ditadura também foi à época em que a cultura brasileira teve um grande destaque, entre eles estão os grupos musicais como:
 Jovem guarda:

              Resultado de imagem para jovem guarda na epoca da ditadura

 Bossa nova:

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 MPB:

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 Tropicália:

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Rosiane Diirr Marcon

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Moda e Cultura Brasileira – Anos 40 e 50

Nos anos 1940, foi o início de uma sociedade de massa no Brasil com a consolidação da sociedade urbana industrial.

Foi o período da primeira radionovela no Brasil (1941)



De 1943 a 1945 foram publicadas 116 novelas, com 2.985 capítulos.


Nessa época o cinema se torna um bem de consumo ampliando o mercado de publicações, surgindo as fotonovelas.



Em 1947, a alta costura viveu seu apogeu e as modelos eram copiadas por lojas de departamento e por donas de casa habilidosas do corte e costura, surgindo o New Look da Dior.



Em 1950, deu-se a chegada da televisão, com a dimensão do desenvolvimento racional capitalista e a mentalidade gerencial.

Danielle Garandy