Devido à necessidade de
transformar e renovar os conceitos artístico e cultural urbano, tanto na
literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música do século XIX
no Brasil, a nova geração intelectual brasileira se inspirou nas tendências
europeias como: futurismo, cubismo e expressionismo na tentativa de subverter
uma produção artística e criar uma arte essencialmente brasileira.
Anita Malfatti ao voltar da
Europa, trouxe em sua bagagem, experiências vanguardistas que marcaram
fortemente o trabalho desta jovem, que em 1914 realizou a que ficou conhecida
como a primeira exposição de arte moderna no Brasil. Este evento foi alvo de críticas
impetuosas de Monteiro Lobato, provocando assim o nascimento da Semana de Arte
Moderna.
A Semana de Arte Moderna, ocorreu em São
Paulo, entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal da cidade.
Durante uma semana a cidade
entrou em plena efervescência cultural,
sob a influencia de novas linguagens, de experimentação artística, de uma independência
criativa nunca vista, decorrente de uma ruptura com o passado. O movimento
modernista nasceu em um contexto carregado de inquietações políticas, sociais,
econômicas e culturais. Em meio a este redemoinho histórico afloraram as
vanguardas artísticas e linguagens liberadas de normas e de disciplinas.
Todos os artistas
modernistas importantes da época participaram, entre eles estavam:
-
Di Cavalcanti (Pintor, desenhista, ilustrador)
- Anita Malfatti (Pintora);
- Tarsila do Amaral (Pintora);
- Mario de Andrade (Escritor,
Poeta);
- Oswald de Andrade (Escritor, Poeta);
- Heitor Villa-Lobos (Compositor);
- Manuel Bandeira (Escritor, Poeta);
- Víctor Brecheret (Escultor);
Na época a Semana de Arte Moderna foi considerada um “desastre” devido a dificuldade de aceitação do
publico diante da nova arte, porem deixou grande legado para a historia do Brasil,
já que através dela é que surgiram discussões intelectuais entre os
brasileiros, tornando possível uma revisão de valores na arte, dando inicio a
construção de uma cultura essencialmente nacional.
Márcia Gonçalves Pacheco
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