Como já foi falado
anteriormente no blog (http://blogindecisas.blogspot.com.br/2015/08/cultura-em-crise.html),
definir cultura é uma tarefa bastante complicada já que não é algo concreto. O Enade
esse ano trouxe uma questão polemica: Funk é cultura? E na mesma hora respondi
mentalmente: sim, funk é cultura sim, porque não? Não vejo motivos que
justifiquem o funk não ser considerado cultura, ja que cultura é “defina” por formas
de comportamentos, valores, costumes, crenças e práticas que constituem um modo
de vida especifico (definição de cultura dada por Terry Eagleton - filósofo e
crítico literário - que eu concordo super).
O ritmo surgiu como forma de inovar a musica
dos negros norte-americanos na década de 60. Chegou ao Brasil com a música “som de preto e
favelado” no rio no final dos anos 80. E foi na década de 90 que o funk se popularizou
saindo do Rio de Janeiro e ganhando o
país com canções como o Rap do Silva, Rap do Solitário e cantores como
MC Marcinho, Sapão e Bonde do Tigrão que caíram no gosto do povo e contribuíram
para afirmar a força do movimento.
Portanto o funk é uma forma
de expressão, que retrata o estilo de vida e experiências da periferia e
favelas, ou seja o modo de vida e costumes daquele povo. Mesmo sendo oficialmente
considerado cultura e mesmo diante do sucesso, infelizmente esse gênero ainda
sofre um “pré conceito”, discriminação e muitas vezes é julgado como lixo
cultural, devido a sua banalização. Acho que quem reprime o movimento dessa forma, é por falta de
conhecimento a fundo sobre a sua historia ou por aquele famoso equivoco de uma
classe que se julga superior a outra. Então vamos parar de “mimimi” e se
entregar ao ritmo envolvente do funk porque como dizia o DJ marlboro: “É som de preto de favelado, mas quando toca ninguem fica parado!".
Márcia Gonçalves Pacheco.
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